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missionaria rita delfino

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A Regeneração (polingenesia) e a descida do Espírito Santo em Atos

Jo 20.22 “E, havendo dito isso, assoprou (lit. insuflou) sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo”. O termo polingenesia só se acha em Mt 19.28; Tt 3.5 e somente nesta última passagem se refere ao início da nova vida do cristão individual. A ideia deste início é mais comumente expressa pelo verbo “gennao com “anothem em Jo3.3, ou em seu composto “anagennao” . Estas palavras significam ou gerar, gerar de novo, ou dar à luz, gerar, produzir. Ademais a ideia da produção de uma nova vida é expressa pela palavra “ktizo, criar, Ef 2.10; Gl 6.15, ou “kainos ánthrõpos(novo homem), Ef 2.5; Cl 2.13. O uso do aoristo imperativo para “receberdenota o recebimento naquele momento e naquele lugar.

Implicações desses termos

Estes termos levam consigo varias implicações importantes, para as quais se deve dirigir a atenção. (a) A regeneração é uma obra criadora de Deus e o homem é meramente passivo a qual não á lugar para cooperação humana. Este é um ponto muito importante, visto que salienta o fato de que a salvação é totalmente de Deus. ( b) A obra criadora de Deus produz uma vida nova, em virtude da qual o homem vivificado com Cristo, participa da vida ressurreta e pode ser chamado de nova criatura , havendo sido criado “ em Cristo Jesus para as boas obras as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas” Ef 2.10. (c) Devemos distinguir dois elementos de regeneração, quais sejam, geração ou produção de vida, e o dar à luz, retirada das suas recônditas profundezas. A geração implanta o princípio da nova vida na alma, e o novo nascimento faz que este princípio se ponha a afirmar-se em ação. Esta distinção é de grande importância para o exato entendimento da regeneração.

v O intelecto, I Co 2.14; 15.2; IICo 4.6; Ef 1.18; Cl 3.10; a vontade, Sl 110.3; Fp 2.13; II Ts 3.5; Hb 13.21; e os sentimentos ou emoções Sl 42.1-2; I Pe 1.8.

v É uma transformação instantânea da natureza do homem, afetando imediatamente o homem todo, intelectual e moralmente. A afirmação de que a regeneração é uma mudança instantânea implica duas coisas (1) que não é uma obra que vai levado a efeito gradativamente da alma, como ensinam os católicos romanos e todos os semipelagianos; não nenhum e intermediário entre a vida e a morte; ou a pessoa vive ou está morta; (2) que não é um processo gradual como a santificação. É verdade que alguns escritores reformados (calvinistas) empregaram ocasionalmente o termo “regeneração” como incluindo até a santificação, mas isso foi no tempo em que o modo salutis não estava completamente desenvolvida como está hoje.

v Definição da Regeneração. Do que acima foi dito sobre o emprego atual da palavra “regeneração”, segue-se que pode se definir a regeneração de duas maneiras. No sentido mais restrito da palavra, podemos dizer: Regeneração é ato de Deus pelo qual o princípio da nova vida é implantado no homem, e a disposição da alma é tornar santa. Mas, a fim de incluir a ideia do novo nascimento, como também a da nova geração, será necessário complementar a definição com as seguintes palavras: “...e o primeiro exercício santo desta nova disposição é assegurado”.

Pelos Reformadores e nas Igrejas Protestantes

Lutero não escapou da confusão da regeneração com justificação. Além disso, ele falava da regeneração ou do novo nascimento num sentido muito amplo. Calvino também usava o termo num sentido muito compreensivo, como um designativo de todo o processo pelo qual o homem é renovado, incluindo, além do ato divino que origina a nova vida, também a conversão (arrependimento e fé) e a santificação.

Durante a última reunião de Jesus com seus discípulos, antes da sua paixão e crucificação, Ele lhes prometeu que receberiam o Espírito Santo, como aquele que os regeneraria: “habita convosco, e estará em vós” (14.17 veja nota). Jesus agora cumpre aquela promessa.

O verbo grego evoca a primeira criação do homem (Gn 2.7) e sugere que se trata de uma nova criação, de uma verdadeira ressureição (Ez 37.9; Rm 4.17) O Espirito será o poder de salvação que os discípulos manifestarão doravante em comunhão com Jesus (Jo 15.26-27; 17.17-19).

Em Jerusalém foram revestidos de poder para testemunhar e profetizar sobre o tratado de paz com Deus realizado por Jesus na Cruz para redimir todas as nações.

Em Jo 15.26-27, o testemunho dos enviados é o apanágio de homens que compartilham a vida de Jesus desde o começo do seu ministério (At 1.21). Mas é, também, o atributo do Espirito da verdade o qual lhe garante a inteligência profunda do Cristo e assim confere à pregação desses homens a sua verdadeira força e a sua verdade (At 5.32).

Em Jo 17.17-19, consagra ou santificar um ser é separá-lo do domínio profano para introduzi-lo integralmente: e para sempre na esfera de Deus: a santificação é obra do Pai (17.11). (Deus é agente de santificação na vida dos discípulos com foi no VT Lv 11.44; Em atos o espírito santo é verdadeiro iniciador da missão apostólica, como era da mesma missão de Jesus (Lc 4.1) O seu caráter de poder (força) manifesta-se em comportamentos humanos por vezes insólitos ( incomuns); o falar em línguas(2.4), assimilado pelo dom de profecia (2.17; 11.28;20.20-23;21.4-11).

Qual o poder que eles seriam revestidos no dia de pentecostes

Mas esse poder não intervém de maneira anárquica: comunicado a Jesus e derramado por ele (2.33), o Espírito Santo é recebido em relação com o nome de Jesus (1.5); ele é dado principalmente visando a pregação e ao testemunho (4.8-31; 5.32; 6.10); intervêm diretamente na missão entre os pagãos , agindo sobre o comportamento dos apóstolos(8.15-17; 13.2-4; 15.28). De Paulo (16.6-7; 19.1-7 e 21; 20.22-23; 21.11).

O testemunho prestado a Cristo é antes de tudo testemunho da sua ressureição (1.22 nota).

Nos Atos, as testemunhas, em sentidos um pouco diferente (13.31 nota; 22.20 nota).Em 13.31 doravante, o autor compraz-se em notar que Paulo também recebeu de Deus e de Jesus a missão de testemunha (20.24; 22.15-18; 26.16) especialmente junto aos pagãos, e que ele cumpre esta missão (18.5; 23.11; 26.22; 28.23). em 4.20 dizer o que viu e ouviu (22.15), ele não viu, nem ouviu as mesmas coisas que ele (os discípulos 1.22); a manifestação de Jesus que caracteriza sua conversão é posta em relação mais com outras manifestações futuras (26.16;) em 18.9 Jesus em visão a Paulo diz: “ não tenhas medo, continua a falar, não te cales” O ministério de Paulo começou com uma visão (9.10-12; 26.19; 23.11) continua do mesmo modo(18.9; 26.16) orientado por Deus 16.9-10; 27.24.

Após o sopro violento, as línguas de fogo evocam uma mesma fonte de poder que comunica o dom de falar em línguas novas e de proferir uma linguagem nova. ““O fenômeno que se produz seguramente é a “glossolalia” ou” falar em línguas”, os apóstolos se exprimem um pouco à maneira dos antigos profetas ( Nm 11.25-29); I Sm 10.5-6; IRs 22.10) e, em todo caso, como cristãos motivados pelo Espírito nos primeiros dias da Igreja como em 10.46 na casa de Cornélio agraciado com o dom do Espírito Santo, ministério já introduzido no meio dos pagãos conforme Atos 2. Em Atos 19.6 falaram em línguas e profetizaram, I Co 12-14; eles falam em u estado de exaltação característico (2.13).

Mas falar outras línguas é fazer-se entender na língua dos outros povos e tal é, para o autor, o aspecto mais importante do acontecimento. O dom do Espírito restabelece aqui a unidade de linguagem que se tem desfeito na torre de Babel (Gn 11.1-9) e prefigura assim a dimensão universal da missão dos apóstolos conforme Atos 1.8.

Os judeus provenientes de todas as nações... que sua piedade tinha fixado em Jerusalém. Em todo caso, não se deve unicamente da multidão heterogenia dos peregrinos de Pentecostes, mas vindos de todos os pontos do mundo para permanentemente habitar Jerusalém.

Essas (doze?) nações, enumeradas mais ou menos do oriente para o ocidente, com a Judeia no centro, simbolizavam o mundo habitado. A pregação apostólica dirigida aos pagãos ver 14.15 é o um dos exemplos da pregação aos não judeus, ou seja, a gregos que não participam da fé judaica.

Logo quando se fala do pentecoste na história da Igreja primitiva, entenda-se que esse poder foi derramado para profetizar o evangelho da salvação a todos os povos, não somente ali representados mas também as demais nações que surgiram no futuro e certamente seriam alcançados pela mensagem apostólica no dia de pentecostes, poder esse de testemunhar as grandezas de Deus, no que diz respeito a salvação eterna suficiente e eficiente para todos que aceitarem a proclamação do evangelho o Senhor Jesus.

Bibliografia: Teologia Sistemática, Louis Berkhof. & Bíblia TEB edições Loiola

Por. Francisco Araújo Filho

Bel. Teologia


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